domingo, 23 de agosto de 2009

Qual o segredo do maiô de César Cielo?

Michael Phelps não é imbatível. O alemão Paul Biedermann provou isso ao vencê-lo na final dos 200 metros livre no Campeonato Mundial de Roma. Biedermann ainda estabeleceu um novo recorde mundial. Após a disputa, o que poderia ser a consagração de um atleta superior se tornou um debate quente sobre maiôs tecnológicos.

Phelps usou o Speedo LZR Racer, que foi a sensação dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Biedermann nadou com o Arena X-Glide, o mesmo maiô com que César Cielo venceu a prova dos 100 metros livre, a mais nobre da natação mundial, e estabeleceu um novo recorde. Biedermann afirmou em entrevista que o maiô havia, de fato, o ajudado a nadar alguns segundos mais rápido - quatro para ser mais exato. Foi o que bastou para Phelps ameaçar que não nadaria mais até que os maiôs fossem banidos. O seu técnico fez ainda mais barulho ao dizer que a “tecnologia deve ajudar, mas não definir o atleta”. No centro da polêmica, está o maiô da Arena, que desponta como o mais popular da nova geração que sucedeu o LZR. Mas o que faz do dele tão especial?

A maior diferença é a composição da roupa. Ao contrário do LZR, que é feito com 50% de poliuretano e 50% de neoprene, o Arena é feito inteiramente com poliruetano. Como o material é hidrofóbico (não fica encharcado) e menos resistente à água, isso faz com que o corpo do atleta gere ainda menos atrito do que com o traje LZR. Em ambos, a roupa não tem costuras. No lugar, uma selagem ultra-sônica une os pedaços do material. Tudo isso favorece ainda mais a aerodinâmica do corpo do nadador. E o X-Glide recobre o corpo de forma ainda mais justa do que o LZR e retém uma camada de ar que ajuda na flutuação.

Isso tem um revés: por ser tão justo, o traje é difícil de vestir. É preciso usar sacolas plásticas nos pés e luvas nas mãos para conseguir entrar nele. Esse processo pode levar até meia hora. Como há uma regra de que os atletas devem estar vestidos com o maiô até 20 minutos antes de uma prova, alguns preferam se aquecer já com ele no corpo para evitar serem desclassificados.

Junta-se a isso uma série de testes feitas com Alain Bernard, Biedermann e Cielo ao longo dos últimos meses para verificar como o traje se comporta na água. Análises feitas em piscinas especiais com ajuda de câmeras e computadores apontam o que pode ser melhorado. O resultado pode ser visto em Roma.

Até o momento, cerca de 29 recordes mundiais caíram no Mundial, dois terços deles por atletas que vestiam maios de última geração. O Arena está na frente, com dez recordes. O seu concorrente mais próximo, o Jaked 01, tem oito. Esses novos trajes foram alvo de debate por muito tempo ao longo desse ano, mas a Federação Internacional de Natação (Fina) os aprovou no fim de junho, pouco antes do Mundial de Roma. Isso vai mudar.

A Fina já estabeleceu 2010 como o fim dos supermaiôs. A princípio, seria em janeiro. Mas essa data já foi adiada para maio ou abril. A principal alteração será a volta dos materiais têxteis com espessura, capacidade de flutuação e permeabilidade a serem determinados por uma comissão científica. O poliuretano é um material sintético, um polímero que é usado para fabricar espumas, pneus, calçados e até mesmo preservativos.

Os novos maiôs também não poderão ir além da cintura, para os homens, ou dos ombros, para as mulheres, e devem ficar logo acima dos joelhos. A mudança de material e comprimento, segundo a Fina, reduziriam o impacto dos trajes no desempenho dos atletas, o que vem sendo apontado como um desvirtuamento do esporte. As novas regras serão divulgadas para as fabricantes até 30 de setembro.

Celular Blackhole engole ícones



Essa semana, muita gente ficou abismada com o post do Window Phone, um celular conceito capaz de mostrar (concretamente) as condições do tempo. Para vocês saberem que aquilo não era piada, decidimos apresentar outro projeto da mente insana, digo, criativa, do designer sul-coreano Seunghan Song: o celular Blackhole, habilidoso em engolir ícones.

Inspirado na estrutura do universo mais misteriosa, o buraco negro, o celular Blackhole pretende, um dia, resolver a diferença de tamanho entre tela e touchpad dos celulares.

Assim, quando recebe uma mensagem, o celular envia todos os controles para o “buraco negro” (que, literalmente, simula um buraco na estrutura do celular). Agora, quando você quiser enviar sua própria mensagem, o teclado e o texto mudam de posição – como na foto abaixo:

O bacana do Blackhole Phone é sua função de “capturar” ícones. Assim que você toca em um item, ele é engolido pelo buraco negro, que imediatamente ativa a interface. Repare a progressão na imagem a seguir.

Agora, cabe lembrar que o Blackhole é apenas um conceito sem qualquer vínculo com o mercado. Pelo menos, por enquanto.