A crise financeira não é feita só de más notícias. Pelo menos não para a indústria do software livre e gratuito. Segundo um estudo do Gartner feito entre maio e junho de 2008, a piora da crise e a maior pressão para redução de custos de TI dela decorrente favorecem a adoção desse tipo de programa por empresas. A consultoria ouviu 274 companhias da Ásia, Europa e América do Norte. Delas, 85% já usam algum tipo de software livre e gratuito tanto em áreas estratégicas como em outras de menor importância. As 15% restantes pretendem adotar esses programas no próximo ano.
Isso não significa o abandono das chamadas soluções proprietárias, os programas produzidos exclusivamente por uma empresa e que não têm seus códigos de programação compartilhados com outros desenvolvedores. Os dois modelos irão conviver na infra-estrutura de tecnologia das companhias.
O Gartner ainda faz otra ressalva: “é importante lembrar que não é porque algo é de graça que não vai custar nada”, em referência aos custos envolvidos no processo de migração para esse programas, além de sua manutenção e suporte, que normalmente são cobrados pelas empresas responsáveis pelo desenvolvimento de programas como Linux e Firefox.
Outro ponto do relatório traz um alerta. Das empresas pesquisadas, 69% não tem uma política para gerenciar o uso desses programas por seus funcionários e colaboradores. Essa falta de controle pode levar à aplicação de multas a essas empresas, mas o próprio Gartner ressalta que isso é improvável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário