sábado, 16 de maio de 2009

Celulares falsificados já são 20% do mercado chinês

Uma notícia dessa vinda da China, um país muito atrelado à cultura da falsificação, pode parecer mais do mesmo. Mas, na verdade, esse fenômeno exposto pelo New York Times é recente. Mais precisamente, começou há cinco anos e, ironicamente, se deve ao acelerado desenvolvimento do país.

Esse crescimento permitiu a criação de empresas de fornecedores que fabricam as peças complexas que compõe os celulares e smartphones. Tendo em mente que a China é o maior mercado de telefones móveis do mundo, esse índice é ainda mais expressivo. E agora esse mercado está se expandindo além das fronteiras chinesas com as exportações ilegais dos aparelhos para a Rússia, Oriente Médio, Índia, Europa e até mesmo os Estados Unidos.

Nokia, Samsung, Apple: nenhuma marca escapa. Até mesmo marcas chinesas estão perdendo mercado para os shanzhai phones, como os ceulares falsificados são chamados por lá. Mas as empresas não estão paradas diante do problema. Fazem pressão junto ao governo chinês para combater a indústria da falsificação para fechar os fabricantes e conscientizar os consumidores de que usar um aparelho desses pode criar acidentes e danos por radiação.

Mas o preço tem seu apelo: saem entre US$ 100 e US$ 150 nas lojas. Só a título de comparação, um iPhone custa US$ 500. Fora que o governo não tem tomados medidas mais rigorosas. Um sinal disso são os comerciais que passam na TV durante a madrugada anunciando os shanzhai phones com apelos como “compre e fortaleça o seu país”. Tem como competir?

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